Uma abordagem proativa à gestão (do risco) da sustentabilidade

Uma abordagem proativa à gestão (do risco) da sustentabilidade
Uma abordagem proativa à gestão (do risco) da sustentabilidade

A transição para o novo paradigma da sustentabilidade é uma condição para a viabilidade das empresas e implica riscos que devem ser conhecidos, geridos e mitigados de forma adequada

Apesar das profundas alterações que se antecipam ao nível das várias políticas setoriais, o efeito das mesmas não é imediato. Assim, o maior contributo para a transição terá que vir do financiamento, razão pela qual os Bancos estão agora no centro da ação para implementar a sustentabilidade.

A aplicação da Taxonomia Europeia pelos bancos será uma exigência dos reguladores, traduzindo-se, portanto, num maior nível de exigência por parte dos bancos às empresas, mesmo àquelas que não estão ainda obrigadas à aplicação da taxonomia (como é o caso das PME).

A necessidade de alinhamento do balanço dos bancos com a Taxonomia e com as metas do Acordo de Paris terão necessariamente impactos consideráveis naquelas empresas que não forem capazes de acompanhar essas metas e implementar o seu próprio plano de transição.

Os bancos vão estar obrigados, por um lado, a reportar os rácios de alinhamento dos seus créditos com a taxonomia e, por outro lado, a incorporar os riscos ambientais e climáticos a que os seus clientes se encontram expostos. Vão ser necessários mais dados e nova informação e vai ser necessário que os bancos conheçam os planos de transição dos seus clientes e a capacidade dos mesmos acomodarem o impacto desses planos e os investimentos que eles exigem sem colocar em causa a sua viabilidade.

Esta nova realidade trará um aumento do nível de exigência dos Bancos para com as empresas no que concerne à informação e documentação necessárias para iniciar o processo de estruturação, análise e decisão de concessão dos financiamentos.

É por isso importante que todas as empresas, incluindo as PME, se preocupem em preparar-se para esta nova realidade, identificando os seus desafios de transição e os riscos a que estão expostas, definindo planos de mitigação desses riscos (planos de transição e adaptação), medindo o impacto desses planos e incorporando esses impactos nos seus business plans.